sábado, 24 de outubro de 2009

Brasil: ame-o ou deixe-o. (O revival)


Um decreto municipal impôs às escolas que o hino nacional brasileiro seja executado pelo menos uma vez na semana pelos alunos, professores e funcionários, mostrando civismo e servilidade à pátria amada - ou será armada?
A retomada de requisitos da extinta discplina de Educação Moral e Cívica, gera orgulho em algumas pessoas que repudiam o fato de existir seres que não sabem cantar o hino nacional.
A disciplina de Educação Moral e Cívica, juntamente com campanhas esportivas, foram propagandas ufanistas utilizadas pelo governo militar durante o período ditatorial no país, com o fim de que este orgulhoso nacionalismo cego encobrisse as tristezas de um autoritarismo excludente e opressor.
De todas as mudanças ocorridas dos anos 60 até o fim da primeira década dos anos 2000, uma continuou intacta, esse patriotismo exarcebado, muitas vezes sem razão. Não que o povo tenha que repudiar seu país - pelo contrário - o problema é a falta de criticidade, já que as escolas têm de adotar um sistema que massifica ao invés de criar um cidadão de fato, ou seja, crítico e consciente, que saiba orgulhar-se de algo mais do que troféus de futebol e mulatas de coxas fartas.
Continuamos deitados eternamente, mas o que chamam de berço esplêndido não passa de um catre forrado com jornais.

Por: Mário Brandes

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