domingo, 16 de maio de 2010

Ao lado do Deus Metal


Morreu hoje o cantor Ronnie James Dio, ex-vocalista do Rainbow, e substituto de Ozzy Osbourne no Black Sabbath.
Aos 67 anos, Dio sofria de câncer no estômago desde novembro passado.
Agora há menos um lugar vago no Olimpo do rock.

Por: Mário Brandes

sábado, 1 de maio de 2010

Dois milhões sem trabalhar


Houve uma época em que o homem não tinha o que fazer, não existia trabalho porque não precisava. Isso há muitos anos atrás, há mais ou menos uns dois milhões de anos. Por não ter o que fazer ele refletiu e aí já sabem, reflexão é fruto do ócio por isso fica fácil cometer devaneios. Foi então que surgiu o trabalho.

Durante milênios os sapiens foram caçadores, pescadores e naturebas. O homem vivia do que a natureza lhe servia. A natureza lhe oferecia o essencial não era preciso ter nada. Desfrutavam da possibilidade de ser nômades. Existia comida a vontade, cavernas para se abrigar, nenhum tipo de compromisso, havia liberdade no sentido mais literal da palavra, não haviam criado a monogamia, só para se ter ideia do estilo de vida. Os paleolíticos viveram os anos mais felizes da história da humanidade.

O trabalho é algo novo na civilização. Essa rotina que todos nós temos de afazeres, ofícios, obrigações, horários é recém nascida praticamente. Por que esse ritmo de vida tem mais ou menos uns dose mil anos e a existência dos nossos ancestrais folgados durou, como já disse dois milhões de anos. Preocupação era algo que os homens, me refiro ao gênero masculino, não conheciam.

Os homens saiam para pescar, caçar se divertir e morrer. As fêmeas, mulheres, ficavam cuidando dos filhos esperando por comida. No auge de sua reflexão, provinda do nada, elas descobriram a adaptação dos animais ao meio humano e descobriram a agricultura. Imagino como deve ter acontecido: um belo dia ensolarado os homens saíram para caçar e as crianças começaram a brincar com filhotes de alguns animais, os filhotes cresceram e se reproduziram. E de repente em outro dia, pode não ter sido tão ensolarado a mulher também observou que sementes caídas geravam frutos, pois acabara de testemunhar a germinação das plantinhas que davam de comer. Acabara de descobrir a agricultura.

A culpa dessa mudança na era das cavernas foi culpa da mulher, a culpa da invenção do trabalho (só de pensar nos tempos modernos em plena folga, que podíamos ter e que não temos...), foi a mulher quem criou, mas sem essa mudança não haveria progresso. Na verdade foram as fêmeas que inventaram a civilização. O homem precisa de segurança para viver, tinha toda a liberdade de aventuras e prazeres, não necessitava de obrigações, por isso as criou. Foi por desaprovar a vida sem propósitos que usufruía, a rotina lhe fez sentir seguro. A inércia não contenta nem homem e nem mulher. Mas é boa, por uns dias.

Somos hoje reféns disso tudo, a busca pelo mais sempre nos faz trabalhar mais, produzir mais gera melhor resultado material. A realidade agora é diferente a gente precisa trabalhar para garantir a sobrevivência, onde as oito horas diárias podem garantir um pouquinho de conforto. Hoje a folga deu lugar a ganância, durante toda essa construção cívica criamos o verbo TER que evoluiu conosco. Foram-se os bons tempos, na nossa época tem muita coisa pra fazer, ócio é uma coisa que não nos pertence mais, algo que ficou para trás há mais ou menos uns dois milhões de anos.


Por: Daíse Carvalho