sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Formação na era da informação


Nos últimos anos dessa década que se finda vários acontecimentos decorrentes da popularização da internet sofreram um boom e tomaram proporções incríveis. Entre estes acontecimentos está a expansão de universidades de ensino à distância no Brasil.
Oferecendo preços acessíveis (pelo menos em relação às universidades presenciais) e tempo flexível, estas instituições têm adquirido cada vez mais adeptos.
Não sou contra o ensino à distância, até acho interessante, pois a falta de um auxílio tão direto pode ser uma ajuda para o estudante que se verá forçado a adquirir certa independência em relação à pesquisa, alicerce da formação do espírito acadêmico. Entretanto, eu estava assistindo televisão e vi a propaganda da UNIBAN - sim, aquela universidade que ficou famosa pela estudante Geisy Arruda que exibia seu currículo acadêmico pela (falta de) roupa - onde dava-se a um certificado de graduação a partir da conclusão do primeiro ano e em três anos o curso seria concluído.
Fala-se muito que vivemos a era de velocidade, há pressa para tudo, mas acredito que tamanha pressa nos prenda a uma grande mentira, neste caso, o acadêmico vítima da mentira de que sairá formado - digo, formado, não apenas portador de diploma.
Seguindo esta linha evolutiva, em poucos anos, você poderá cadastrar-se através da internet, pagar uma determinada taxa, imprimir seu diploma e exercer a profissão escolhida, tudo no mesmo dia.


Por: Mário Brandes

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Papai Noel Velho Batuta II

Complementando o post abaixo, letra da música Papai Noel Velho Batuta (clique no link para ver o vídeo da música) do Garotos Podres.


Papai Noel Velho Batuta

Papai Noel velho batuta, rejeita os miseráveis
Eu quero matá-lo, aquele porco capitalista
Presenteia os ricos, cospe nos pobres
Presenteia os ricos, cospe nos pobres
Mas nós vamos sequestrá-lo e vamos matá-lo
Porque aqui não existe natal
Aqui não existe natal
Aqui não existe natal


Por: Mário Brandes

Papai Noel velho batuta!


Voltamos. Efemêro & Irônico strikes back again. Devido à sobrecarga de trabalhos, estágios e afins na faculdade tanto para mim, quanto pra Daíse, o blog ficou um tempinho abandonado, havendo apenas três posts em novembro e tendo o primeiro de dezembro agora já no final de 2009.
O natal está próximo, hesitei em escrever sobre ele por ser um dos maiores clichês dessa época do ano (juro que tentarei evitar ao máximo os lugares comuns do tipo tempo de renovação, época de reflexão e etc...), mas no final das contas a vida é feita de clichês mesmo, e sendo eles enjoativos ou não, isso é a mais pura verdade.
Este post não entra no mérito religioso da questão natalina, mas sim na figura política e de controle de massas que é o Papai Noel.
O bom velhinho é a personificação - com feições simpáticas e agradáveis - do capitalismo (selvagem) americano. O consumismo que impera nos últimos dias de dezembro é tamanho que faz com que pessoas de todas as religiões (inclusive as pagãs) preocupem-se em ter economias suficientes para presentear e serem presenteados no dia em que seria comemorado o nascimento de Jesus Cristo e faz também com que as pessoas enfeitem suas casas com uma decoração típica de inverno em pleno verão de um país tropical!
Esta cultura é repassada às crianças, tendo sempre o aviso "se você for um bom menino, ganhará presente do Papai Noel". E como ficam as pessoas sem condições de comprar algo? O menino não vai querer ser bom, ou, no mínimo, se decepcionará muito se o for. Fora o estímulo à recompensa, que faz com que as crianças acreditem que tenham de ser boas para ganhar algo e não verem o fato de ser bom como um fim em si mesmo.
Para todos que leem o Efêmero e Irônico: um feliz dia de natal, sendo ele rico em presentes ou não.

Por: Mário Brandes