terça-feira, 27 de outubro de 2009

Alguém aí abomina críticas?


Quase dez dias depois do ocorrido me proponho a argumentar sobre uma crítica reproduzida no jornal Zero Hora. A coluna de Paulo Sant`Ana, trouxe no dia 17 a manifestação de uma jovem estudante.

Quem teve a oportunidade leitura da edição de sábado (17), pode notar a ousadia da garota que criticou afundo não só Paulo Sant`Ana, mas todos que fazem uso do cigarro. Seu nome, Bárbara Limberg Nedel, seguiu dias após repercutindo nas páginas do matutino. O email foi reproduzido pelo clunista tal qual foi enviado pela estudante. Criticado ele diz que transcreveu os originais, sem ao menos mudar uma vírgula. Explicou que tantos anos teve a ideia de publicar os elogios que recebera sobre seus textos, dessa vez inovou publicando as críticas, “pauladas”, como sugere no título da coluna.

A estudante de Frederico Wesphalen, diz não se conformar com certas opiniões argumentadas pelo colunista, “não entendo como um cara tão inteligente pode fumar”. Para a guria a maior irritação, é a forma com que o jornalista em questão, fala sobre o cigarro e o uso dele. Totalmente a favor.

Na mesma semana foi noticiado a inauguração do fumódromo da RBS, recebeu o nome de Sant`Ana, a fita tradicional fora queimada com a brasa do cigarro do homenageado, ao invés de cortada. Uma demonstração do atrevido comportamento em relação ao cigarro.

O fato de ser fumante não diminui em nada seu prestígio na empresa, ao contrário, rumores afirmam que é o único que pode fumar dentro da redação. Infeliz o comentário da Bárbara, ela ganharia mais tempo concluindo suas cruzadinhas, insana, ter a petulância de criticar, de “abominar” como afirma, ao escritor.

Particularmente, os textos dele não são o máximo, mas reconhecemos, o cara está onde muitos gostariam e onde só os melhores chegam (sonhar não custa nada), ele serve para avô dela. E a pequena missivista de lambuja teve sua mensagem arrogante e mal educada lida pelo RS inteiro, a sádica o fez humilhar-se e publicar a “paulada”, que recebeu de uma garotinha de dezesseis.

Ao cigarro sempre fui contra, explico para retratar-me, pois não é a crítica ao ato de Sant`Ana fumar que me refiro, é em abominá-lo, e abominar qualquer pessoa que seja usuário de algo que tire a pessoa do estado normal, como assume a leitora. Sendo assim ela deve abominar tanta gente, coitada. Dois pontos desprezíveis nessa história, o primeiro se trata do pedido pretensioso da moça feito no final do email, para que o colunista parasse de fumar. Segundo é o próprio uso do cigarro, que fez cem milhões de pessoas vítimas do tabagismo no século XX.

Ao segundo me inquieta saber quantas serão vítimas no século em que vivemos a dependência química começa cada vez mais cedo, como podemos acompanhar. E quanto ao primeiro o jornalista não vai parar só porque sua leitora pediu.

Ainda não tenho o porte intelectual do colunista, tenho recebido algumas críticas ultimamente. Nunca me aborreci ao vê-las, tenho boa dose de modéstia para avaliar a procedência e corrigir os erros cometidos, em busca de qualidade no que produzo. Caso um dia chegue perto do que o ícone (fumante), representa para muitos gaúchos, então posso publicar algumas manifestações.



por: Daíse Carvalho

sábado, 24 de outubro de 2009

Brasil: ame-o ou deixe-o. (O revival)


Um decreto municipal impôs às escolas que o hino nacional brasileiro seja executado pelo menos uma vez na semana pelos alunos, professores e funcionários, mostrando civismo e servilidade à pátria amada - ou será armada?
A retomada de requisitos da extinta discplina de Educação Moral e Cívica, gera orgulho em algumas pessoas que repudiam o fato de existir seres que não sabem cantar o hino nacional.
A disciplina de Educação Moral e Cívica, juntamente com campanhas esportivas, foram propagandas ufanistas utilizadas pelo governo militar durante o período ditatorial no país, com o fim de que este orgulhoso nacionalismo cego encobrisse as tristezas de um autoritarismo excludente e opressor.
De todas as mudanças ocorridas dos anos 60 até o fim da primeira década dos anos 2000, uma continuou intacta, esse patriotismo exarcebado, muitas vezes sem razão. Não que o povo tenha que repudiar seu país - pelo contrário - o problema é a falta de criticidade, já que as escolas têm de adotar um sistema que massifica ao invés de criar um cidadão de fato, ou seja, crítico e consciente, que saiba orgulhar-se de algo mais do que troféus de futebol e mulatas de coxas fartas.
Continuamos deitados eternamente, mas o que chamam de berço esplêndido não passa de um catre forrado com jornais.

Por: Mário Brandes

Imperativo: Leia!


Memória de minhas putas tristes - Gabriel García Márquez


Envolvido até a testa com compromissos da faculdade e outros compromissos extracurriculares, acabei por deixar de lado um tempo a leitura por pura prazer e diversão. Tudo isso, somente por falta de tempo, pois a necessidade de uma literatura envolvente pulsa em mim.
Sentindo tal vontade, revirei na estante em busca de um livro para ler, mesmo que não o terminasse, somente pelo prazer de saborear palavras, mergulhar na história e sentir o cheiro de páginas sendo folheadas. Eis então, que encontro um romance absolutamente fantástico, impactante, que havia adquirido o ano passado, é ele: Memória de minhas putas tristes do colombiano e nobel de literatura Gabriel García Márquez.
A obra narra a história de um cronista ancião que em seu aniversário de 90 anos decide se dar de presente uma noite com uma adolescente virgem. Nasce então um sentimento arrebatador por parte do idoso à menina de 14 anos - alcunhada pelo velho de Delgadina. O sentimento torna-se puro e poético, marcando cenas de ares espalhafatosos e bonitos como neste trecho:

Virei outro. Tratei de reler os clássicos que me mandaram ler na adolescência, e não agüentei. Mergulhei nas letras românticas que tanto repudiei quando minha mãe quis me forçar a ler e gostar, e através delas tomei consciência de que a força invencível que impulsionou o mundo não foram os amores felizes e sim os contrariados. Quando meus gostos musicais entraram em crise me descobri atrasado e velho, e abri meu coração às delícias do acaso.
Me pergunto como pude sucumbir nesta vertigem perpétua que eu mesmo provocava e temia. Flutuava entre nuvens erráticas e falava sozinho diante do espelho com a vã ilusão de averiguar quem sou. Era tal meu desvario, que em uma manifestação estudantil com pedras e garrafas tive que buscar forças na fraqueza para não me colocar na frente de todos com um letreiro que consagrasse minha verdade: estou louco de amor.

Enfim, eis a sugestão literária do Efêmero & Irônico para quem procura um bom livro para ler.


Por: Mário Brandes

domingo, 18 de outubro de 2009

O vício do amanhã


Os posts abaixo contém o texto O Mandamento. Eu escrevi esse conto lá por 2007 e desde a fundação do Efêmero & Irônico eu penso em postá-lo, mas nunca o fiz por diversos motivos. Um deles é que tinha perdido o conto ao formatar meu computador e teria de pedir a algum amigo, já que sempre envio criações a alguns de meus amigos, usando-os descaradamente como uma espécie de HD virtual, um 4Shared das relações amistosas.
Mas o principal motivo mesmo foi o vício do amanhã. Esse vício que me persegue, difícil de largar como qualquer outro vício. Garanto que você que lê isso agora também tem esse vício, esse imperdoável defeito que se infiltra em todas as camadas da sociedade, sem poupar mesmo as senhoras cristãs de terceira idade.
O que é o vício do amanhã? Simples, é um velho conhecido meu e seu. É a preguiça. É o fantasma do "amanhã eu faço", "amanhã eu começo", "amanhã eu termino", "deixa pra amanhã". No momento parece a melhor solução, mas no final os problemas se acumulam e eu me vejo como Atlas com o mundo nas costas. No fim das contas, essa gigantesca preguiça (gigante pela própria natureza) deve ter alguma espécie de cura. Vou estudar a fundo essa questão, mas já é tarde, vejo isso amanhã...


Por: Mário Brandes

O Mandamento - PARTE II

- Pode ficar, mas você nunca me viu na vida. Eu posso ser um serial killer, sabia? Eu disse com um sorriso amarelado e tímido como uma criança no primeiro dia de escola.
- Você não é um serial killer, eles são nerds revoltados por não conseguirem passar de alguma fase em algum game idiota. Você não, você ouve blues, o máximo que pode ser é um pé-de-chinelo, prestes a morrer de cirrose.- disse Mariana com um sorriso que me deixou atordoado.
Passamos algum tempo conversando sobre várias coisas, ela disse que estudava fotografia, tinha uma motocicleta, um autógrafo do Paul McCartney e dizia que achava ser a maior mentira do universo o que chamam de "arte pela arte".
Uns dois ou três dias depois Mariana começou a ir no meu apartamento com mais frequência, resolvemos sair, fomos ao parcão, onde sentada na grama ela falava sobre astrologia e misticismo. Vendo o mundo escurecer e as luzes da cidade se acender, começamos a nos sentir como corres berrantes em um espaço em preto e branco, e como numa atração magnética, mergulhamos em um beijo longo e protetor, desses que sonoramente emitem apenas ruídos abafados, mas dizem coisas como "somos os donos do mundo", um beijo ainda mais vertiginoso do que qualquer devaneio meu, um beijo que me fez descobrir que o sentimento gritante dentro de mim se chamava solidão, agora golpeada por outro sentimento que é dito incansavelmente por todas as bocas do mundo, e que, porém, é tão raro quanto qualquer animal em extinção.
No outro dia quando acordei ela já não estava lá, mas tocava Beatles bem baixinho na vitrola e na mesinha ao lado havia um bilhete que abri e li, dizia o seguinte:
"O amor bateu à sua porta, escancare as janelas e espalhe-o pelo mundo. Nesse momento, você deve recém ter acordado e encontrado este bilhete antes de tomar o café e ir trabalhar. Na vitrola está tocando Revolver, um disco que fala de amor e solidão, opostos (ou não) que andam de mãos dadas na vida e no além-vida, na canção Eleanor Rigby há versos que dizem assim: 'Todas as pessoas solitárias, de onde todas elas vêm? Todas as pessoas solitárias, de onde todas elas pertencem?', apenas um gênio poderia ter escrito isso, por ter descoberto o óbvio, o que difere um homem normal de um gênio é a descoberta do óbvio, o óbvio está em toda parte, o óbvio é óbvio, mas você consegue vê-lo? Tu te sentias só antes de mim, te sentias como a personagem da canção, o mundo é solitário, a solidão é uma parede, um muro enorme, um muro de Berlim, o amor é a força para derrubá-lo, mas onde encontrar essa força? Em nós mesmos, ela está cá dentro, dentro de mim, dentro de ti, dentro do padeiro da esquina, do policial corrupto, do bóia-fria, basta despertá-lo. O amor é contagioso já dizia algum filme de que não lembro o nome, outra música desse disco, uma de George Harrison diz 'Fazer amor o dia todo, fazer amor cantando canções', torne isso o décimo primeiro mandamento em sua vida, o amor bateu à sua porta, escancare as janelas e espalhe-o pelo mundo".
Algo dentro de mim novamente berrava, uma força incontida fazia-me sentir tão bem, hoje vi que há flores no asfalto.


Por: Mário Brandes

O Mandamento


Fim de tarde. O céu é tingido de um vermelho moribundo por leves e lentas pinceladas do arquiteto do universo, em todo dia quente este espetáculo natural me causa uma vertigem externamente silenciosa, internamente ensurdecedora. Como um espectador passivo assisto Deus brincar de Van Gogh, e inebriado pela poesia do momento sinto que me encontro comigo mesmo. Como saber se sou eu mesmo com quem me encontro? A resposta é simples: não sei. Existem respostas que não necessitam de perguntas e esta é uma delas. A razão nos abandona nos momentos mais difíceis e o instinto não serve de nada em crises existenciais ou outras coisas do gênero. O que me faz ter as certezas das respostas que afirmo sem perguntas é algo sem nome, que existe em nós e não é instinto ou razão, somos nós, somos nós de verdade, será isso a alma? Pode ser, mas não tenho segurança ou coragem de afirmar tal coisa.
Por mais que pareça ousada e bêbada de infantilidade, essas especulações cegas são dotadas de uma sinceridade aterrorizadora, pois partem do íntimo de algo que não se sabe ao certo o que é, algo tão fascinante e assustador como o reino dos mortos.
Após um longo mergulho em mim mesmo, afogado em vertigens e questionamentos, despertei. O espetáculo natural havia terminado sem que eu me desse conta, e agora o manto da noite já havia coberto o céu, enquanto eu, sentado no banco da praça, recuperava o que a sociedade chama de sanidade. Levantei-me, passei a mão pelo rosto, esfregando-o, disposto a novamente acostumar meus olhos à selva de pedra. Com passos incertos e vagarosos atravessei a rua.
Cheguei em casa, coloquei um disco de blues no aparelho de som, liguei a televisão no mudo e deitei-me no sofá. Passa na TV uma reportagem sobre a bomba atômica, rostos desesperados e corpos dilacerados garantiam a audiência da emissora, creio ter cochilado por uns instantes devido ao choque que me causaram as batidas na porta. Levantei-me para atender. Ao abrir me deparo com uma criatura dona de uma beleza violenta, uma jovem de aproximadamente 19 anos de idade, cabelo tingido de vermelho, uma pele tão branca que a deixava com um aspecto de extrema fragilidade, disse se chamar Mariana e ser prima de Paulo, o cara do apartamento ao lado, ela veio visitá-lo, mas ele não estava, disse que meu som estava alto e queria ouvir blues comigo até ele chegar.

CONTINUA...

Por: Mário Brandes

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Mudamos. Coisa louca, fazia tanto tempo que eu me sentia inadimplente com a minha obra, em conjunto com o Mário, é claro. Me sentia até angustiada, diria, por ser uma criatura que sempre busca coisas novas, entretanto percebia que a hora da mesmice chegou ao seu fim.
Para todos as coisas mudam em algum momento na vida, não é? Com o meu querido Efêmero & Irônico não foi diferente. Está ele aqui, de cara nova e com muitos novos planos, novas postagens, prometo de minha parte, mais compromisso e mais ironia... Divido com vocês que a satisfação a cada comentário que vejo abaixo dos posts é enorme, também a cada vez que me dizem: aconteceu mesmo? e por aí vai.
Quando perguntam daonde surgiu a parceria, digo do nada é porque foi mesmo. Simplesmente convidei e o cara e ele aceitou. Juntos agora essa parceria pretende outras evoluções.

Continuem a acompanhar as nossas efemeridades e ironias. Essa é parte que me cabe: agradecer quem acompanhou até aqui, comprometer-me em não os decepcionar pra que assim mostrem o blog para outros e tenhamos mais leitores.

Obrigado à todos.

Daíse Carvalho

Campanhas: Cães e Faculdade de Música

1. CÃES - A figura ao lado é um adesivo que é vendido na Shopping Dog. Como concordo em gênero, número e grau com a campanha do adesivo, estou divulgando-a no blog e no orkut.
Na escola José da Luz (onde voltei a trabalhar), temos um companheiro novo o Júnior, cão da vizinhança adotado pela comunidade escolar.
Na minha família sempre teve uma cultura de carinho e adoção aos cães de rua, que aparecem à porta de casa com seu olhar pidão, tanto que dos meus três cães, dois são adotados da rua (uma encontrada no cemitério!!!). Enfim, quem concorda com o que diz no adesivo ao lado deixe um comentário apoiando e um prato de comida ao cão de rua mais próximo de sua casa.

2. FACULDADE DE MÚSICA - Estou atrás de nomes para conseguir trazer novamente o vestibular de Educação Musical para a faculdade federal à distância de Itaqui. Quem se interessar faça contato comigo pelo msn mariobrandesjr@hotmail.com

Por: Mário Brandes



Mais que um lugar para as pessoas escreverem



A atmosfera tecnológica abrange agora outra, é quem fica do lado de fora das telinhas. Estamos assim conectados. Superconectados é verdade.
As frases acima unidas completam 140 caracteres, que são quantos cabe nas mensagens enviadas por celulares a toda hora e no mini blog do passarinho azul TWITTER. Tecnologia usada a todo instante. Dá para tuitar até pelo celular.
Além dos email-s, recados pelo Orkut, páginas do faceboock, conversas no MSN e toques no celular, estar em contato com tudo a qualquer hora, ainda não virou obsessão embora estejamos tão próximos disso.
A internet invadiu os celulares, a televisão, com isso peculiaridades do sistema de telefone móvel agora invadem uma página na mega rede de computadores. A história começou em 95, com a difusão das informações através da internet. Desde então cada vez mais o mundo digital se aprofunda e traz novidades surpreendentes e envolventes.
Todo mundo quer ser visto e quer ver, tudo e toda a hora. Conforme a pesquisa feita em julho deste ano, da empresa comScore, o conciso site twitter é utilizado por mais de 51,6 milhões de usuários no mundo.
Mas o site vai além de postagens pessoais, rotineiras. O interesse está em algo mais que dizer onde está e o que se faz, mas alguns dos usuários ainda não sabem que podem utilizá-lo como ideia além de relatos pessoais instantâneos. Mesmo que sucinto a página pode ser uma difusora de arte, cultura, notícias, educação, entretenimento inclusive campanhas, como a recente campanha fora Sarney.
Através do site os internautas também podem acompanhar acontecimentos, pelos perfis de empresas de comunicação ou de alguém que informe basta seguir essas pessoas, ou seja, acompanhar o que elas costumam postar diariamente.
Essa rede surgiu em março de 2006, nos primeiros anos não caiu no gosto do público, hoje a realidade está mudando, o popular Orkut e facebook vem sendo deixado de lado e o twitter conquistando espaço.
O queridinho da web começou a ter fama ano passado com as eleições presidenciais dos EUA, e nesse ano passou a ser usado pelas celebridades, há disputas internas entre eles para ver quem atinge maior número de seguidores. Mas o segredo está em não ter o perfil por ter, para ser interessante você precisa falar sobre assuntos de qualidade e postar o que é novo. Pois é justamente a novidade que o site apresenta literalmente a toda hora, a responsável pelo sucesso.
Entretanto apesar de ser considerada uma ferramenta de disseminação de opinião, não é a página que necessariamente está sendo mais usada. Em termos de competição o Orkut ganha por que de cada 10 internautas brasileiros sete acessam o site de relacionamentos.
Em relação à visibilidade crescente do site, leva-se em conta o perfil mais maduro de quem navega por essa rede social, 62% dos usuários do microblog têm entre 18 e 34 anos, em nosso país. Um em cada quatro internautas brasileiros com curso superior completo tuíta segundo pesquisa de abril desse ano feita pela Ibope Nielsen Online.
O Twitter é muito útil pelo fato de informar. Enquanto o popular Orkut é utilizado para encontrar os amigos, para saber da vida dos outros, não para saber o que está acontecendo no mundo.
Ele significa avanço por representar o que mais se busca na atmosfera tecnológica informação e instantaneidade.

Comentário estilo documentário: trabalho da disciplina de Lab. Impresso III


Por: Daíse Carvalho

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A versão leve da Lei anti-fumo no RS

Há várias diferenças entre a lei anti-fumo implantada nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, para a lei gaúcha. Na última terça-feira o Plenário da Assembléia Legislativa aprovou a lei anti-fumo do Estado, proposta pelo deputado Miki Breier (PSB).
Trata-se da lei que restringe o cigarro e seus similares em recintos fechados de uso coletivo, com previsão de multa aos desobedientes. Uma das peculiaridades da lei no RS é que os proprietários de estabelecimentos terão o direito de optar por construir locais fechados para a ação dos fumantes. Contando com sistemas de ventilação e exautores, assim devem ser os agradáveis fumódromos, nos bares do sul. Enquanto isso, na lei paulista e carioca não é permitido fumar em ambientes fechados e nem em lugares reservados para usuários de tabaco nos restaurantes.
A lei passa a valer no mesmo dia, caso for sancionada pela governadora do estado, sem precisar de prazos para adaptação. Por não ser tão rigorosa, podemos interpretá-la como ingênua.
O projeto teve a previsão de multa de R$ 331,80, declarada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Enquanto em São Paulo a punição pode ser de R$ 1.585, segundo informações publicadas na Zero hora de terça. A medida aprovada pela Assembléia Legislativa do RS não pune gravemente quem fuma em locais fechados, e para completar a intenção amoral, mantém os fumódromos ativos.
Acontece que o Rio Grande do Sul é um dos principais produtores de fumo no país. É a justificativa do deputado Breier, por não implantar no Estado uma lei tão rigorosa quanto à imposta em São Paulo e Rio.
Além das diferenças das leis de anti-fumo, entre estados, o que deveria ser implantado seria algo mais que campanhas contra o tabaco e fotos depressivas no verso das carteiras. A importância da iniciativa, o objetivo da lei, está justamente no fato de chamar a atenção coletiva para uma questão que exige ações conscientes.
A lei demonstra o propósito de defender os fumantes passivos, os que até então são obrigados a conviver com o aroma de fumaça que adentra roupas, cabelos e ambientes quando compartilhados por adeptos ao tabaco.
Embora o Sindicato dos Bares, Restaurantes e Similares de Porto Alegre já ter declarado posicionamento contrário à implantação da lei anti-fumo gaúcha, ela só passa a valer se for sancionada pela governadora.
No entanto, o fato de a lei entrar ou não em vigor, de forma alguma impede que haja a autoconsciência dos usuários em respeito a quem não tem o vício.

Por: Daíse Carvalho

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A verdadeira banda dos sonhos


Na última quinta-feira aconteceu o VMB 2009, premiação encabeçada pelo canal MTV aos nomes da música, do entretenimento e da cultura pop em geral. Dentre as categorias premiadas existia uma chamada "banda dos sonhos", em que através de votos online seriam escolhidos um baterista, um baixista, um guitarrista e um vocalista para fazer um som ao vivo. Os escolhidos foram o baixista e o vocalista da banda Fresno e o guitarrista e o baterista da Pitty.
O festival foi bem alternativo em suas indicações, mostrando bandas novas com ótimos trabalhos, entretanto suas premiações foram um tanto previsíveis. Durante o festival foram exibidos shows de bandas como Vivendo do Ócio e a gringa Franz Ferdinand.
Mas eis que a fênix ressurge flamejante no melhor show do festival: Erasmo Carlos. O tremendão foi acompanhado pelos atuais discípulos da Jovem Guarda, Gabriel Thomaz (Autoramas), Érika Martins (Ex-Penélope) e Nervoso (Nervoso e os Calmantes). Este foi sem dúvida o show mais rockeiro, onde o setentão Erasmo esbanjava rock'n'roll com a música Cover do novo disco, com direito a erro de letra, demonstrando o nervosismo que somente a naturalidade verdadeira dá. Junto a essa canção, os clássicos É Proibido Fumar e Festa de Arromba balançaram a noite. Confira aqui o show dessa que realmente mereceria a premiação de "banda dos sonhos".

Por: Mário Brandes

domingo, 4 de outubro de 2009

E tá faltando emprego no planeta dos macacos!


Eram mais ou menos umas 16h00min. A tarde trouxe consigo um ar abafado. Na frente do mesmo computador ao qual escrevo este post agora, eu preparava planos de aula para o meu estágio de Língua Portuguesa. O telefone tocou, embora ele estivesse ao meu lado esperei que ele tocasse mais duas vezes antes de atender, velhas manias que carrego desde a infância. A voz do outro lado da linha deu-me a notícia: eu estava desempregado.
Assim como eu, nesse dia, várias pessoas receberam a mesma inesperada e indesejada ligação. A descoberta de um furo na prefeitura despencou sobre as costas de vários estudantes trabalhadores naquela tarde abafada.
A verba do ano para a cidade tinha esgotado, medidas de contenção de gastos teriam de ser tomadas urgentemente pela administração pública. Uma dessas medidas foi o corte de grande parte de estagiários do CIEE pela prefeitura. E eu fui um dos "contemplados" entre estes.
Até o início deste ano, antes de arranjar este emprego, percorri cada milímetro da cidade em busca de trabalho, sem sucesso. Agora farei isso novamente, sabendo que cada rosto que cruza por mim na rua também o faz. Percebe-se claramente a relação de ligação entre os membros de uma sociedade quando a irresponsabilidade de um acarreta em um efeito dominó que prejudica boa parte da população do município. Enquanto isso, mantém-se secretarias de inutilidades e funcionários pagos pra coçar o saco, que surgem por parentesco ou amizade, mas nunca por mérito de trabalho.
Vendo tudo isso e comparando com as situações que vemos nos jornais e na televisão sobre a política brasileira, alcanço a respota de uma dúvida que há muito me perturba: Itaqui é pequena, mas sim faz parte efetiva do Brasil!

MÚSICA DE TRABALHO - LEGIÃO URBANA
(Renato Russo)

Sem trabalho eu não sou nada
Não tenho dignidade
Não sinto o meu valor
Não tenho identidade
Mas o que eu tenho
É só um emprego
E um salário miserável
Eu tenho o meu ofício
Que me cansa de verdade
Tem gente que não tem nada
E outros que tem mais do que precisam
Tem gente que não quer saber de trabalhar
Mas quando chega o fim do dia
Eu só penso em descansar
E voltar p'rá casa pros teus braços
Quem sabe esquecer um pouco
De todo o meu cansaço
Nossa vida não é boa
E nem podemos reclamar
Sei que existe injustiça
Eu sei o que acontece
Tenho medo da polícia
Eu sei o que acontece
Se você não segue as ordens
Se você não obedece
E não suporta o sofrimento
Está destinado a miséria

Mas isso eu não aceito
Eu sei o que acontece
Mas isso eu não aceito
Eu sei o que acontece
E quando chega o fim do dia
Eu só penso em descansar
E voltar p'rá casa pros teus braços
Quem sabe esquecer um pouco
Do pouco que não temos
Quem sabe esquecer um pouco
De tudo que não sabemos


Por: Mário Brandes