segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O que se espera da juventude?



Há uma dúvida em meio a avanços tecnológicos e decorrer de tempo histórico. A respeito de algum conceito ou teoria, sobre mundo político-social, que os jovens possuem hoje em dia. Não existe viva alma que saiba. Está cada vez mais difícil de descobrir.
Estamos no mês em que se comemoram os quarenta anos do mais importante festival de música, simplesmente algo histórico, três dias, meio milhão de jovens refletindo sobre o mundo político, econômico, “social”; questionando, conversando e... bem outras coisas a mais.
Sabe-se que esse povo todo ficou esses três dias acampados, sem banho ou não, comendo ou não, sem água ou não. A multidão estava ali. Foi revolucionário e surpreendente até hoje. Eles estavam todos movidos por uma sede de mudança e de revolução, desejando o incomum: o World Best.
Existia toda perspectiva violenta possível no mundo na época, enquanto o Brasil estava em tempos de ditadura, os EUA e Vietnã se encontravam em guerra. Motivos suficientes para despertar o sentimento de protesto, em várias pessoas de todo o planeta que reuniram-se em uma fazenda no interior de NY. Entre eles, outro mundo, outra energia, paz, amor, harmonia, ideias novas e música, muita música. Era o clima de Woodstock.
Podem me questionar se era nascida naquele tempo para saber se foi assim. Claro que não. Não sei como foi. Vi reportagens e pesquisei na internet, vi fotos. Imagens me transmitiram a sensação e o espírito de esperança daquele horror de gente. Todo mundo sabe que eles não conseguiram mudar nada. O mundo harmonioso que a geração sessentona sonhou nunca existiu. Lastimável e realista conclusão.
Contudo, percebe-se neles o que não há a muito tempo: jovens inconformados. Não há jovens que questionem a desigualdade social, as injustiças, direitos como cidadãos com sede de mudança.
Não existem adolescentes que assistam ao Jornal Nacional, que leiam jornal, demonstrem interesses pelo mundo. A alienação intelectual não é o que se espera de uma juventude.
Mas a de hoje é alienada porque é mais fácil optar que a política seja chata. Ter em mente que a minha geração não vai mudar o mundo, a geração dos meus pais tentou e não conseguiu. A única coisa que fizeram foi dar impeachment em um presidente corrupto nos anos 80. É muito mais habitual escutar funk’s com letras idiotas (irracionais), e sertanejos gritantes ensurdecedores de péssimas rimas, que preferir ritmos transmissores de bom conteúdo cantados por artistas de sonora qualidade, digo qua-li-da-de.
Ninguém mais quer mudar nada, está tudo bem. Para que reivindicar? A alienação não trás levantamentos, nem ao menos inquietações, ela é cômoda. É o Orkut, MSN, Twitter, e o que mais inventarem quem move os jovens, a revolução é virtual, o domínio é eletrônico.
É intransigente tentar um diálogo com quem é afastado por própria vontade do mundo real. Como mencionar -transformação social- com alguém que tem por hábito de leitura e escrita o seu e o perfil dos amigos da internet. Poderiam ler um livro, um jornal, para desencantar o costume de leitura, sabedoria não ocupa espaço.
A essa aceitação, me vejo contrária a essa conformidade. É muito difícil criticar as atitudes dos jovens sendo um deles. Quem sabe eu tenha nascido no tempo errado.

Por: Daíse Carvalho

3 comentários:

  1. MUITO MUITO BOM.. EU ESTAVA JUSTAMENTE ESCREVENDO SOBRE ISSO!

    maaas pelo menos ja descobri que não sou um et.! :D:D:D Neeeh Mario HAHAHAHHA

    ResponderExcluir
  2. HAHAHA!
    Claro, claro!

    ResponderExcluir
  3. Disculpa mas só o ato do Jovem ouvir funk e não o que Você chama de Musica de qualidade já mostra que ele não se conforma com o que o mundo diz ser certo. Nunca o jovem compartilhou tanto seus sentimentos suas angustias, nunca se discutiu tanto quando hoje, mas infelizmente ainda tem gente que acha que todo jovem eh conformado e que se a musica não fala o que as velhinhas da globo querem ouvir simplesmente significa que ela eh ruim.

    ResponderExcluir