quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Ainda sobre o assunto



Todo mundo em pânico. A frase é nome de filme de comédia (e muito ruim em minha opinião), mas, expressa fielmente a realidade atual. O medo anda movendo muita gente ou paralisando. Também, o medo, acaba por me intimar a “tecer” esse texto, você com certeza já leu bastante sobre a Gripe A, leia esse texto, afinal, não vai ser o último que terá sua atenção.
Todos os dias os meios de comunicação abordam o assunto. E é difícil encontrar alguém que se mantenha alienado aos dias de fama do vírus. Depois de cidades gaúchas decretarem estado de emergência sem casos confirmados, após crianças perderem semanas de aula, para evitar a disseminação do vírus, agora as engrenagens voltam a girar.
Sim, estava na hora de enfrentar o inimigo de frente, irônico, mas faz sentido. Se esconder, entrar em pânico, folga nas escolas, tanto para alunos quanto para os professores, era visto que não ia dar um fim na polêmica. Encarar os oponentes é isso que deve ser feito, o primeiro desafio para amenizar o “horror” é na educação.
Cuidado em dobro, é preciso recuperar os dias letivos perdidos com a paralisação e manter o vírus bem longe das carteiras dos estudantes e deles, é claro.
A boa notícia é que houve redução na circulação do –influenza- neste mês. Convenhamos tanto alarde, para não dizer fiasco, deveria mesmo resultar positivamente. Entra em cena o redescobrimento, pois, as pessoas voltam a reconhecer a importância da higiene e da educação. Da higiene porque agora a população volta a ter o cuidado de lavar as mãos quando saem do banheiro, quando entram em casa. E da educação porque só saem de casa curadas das gripes comuns, as pessoas agora usam lenços descartáveis e garanto que vão se vacinar contra gripe no início do ano. Agora, após o recesso no retorno das aulas, nos deparamos com o enfrentamento educacional. A gripe trouxe mudanças além do medo, alertou-nos inclusive, quem é atento percebe que também graças a pandemia notou a falta de estrutura da saúde pública. Depois de um avanço inesperado nas internações todo mundo percebeu o quão vulnerável é a infraestrutura hospitalar, faltam remédios, médicos, leitos entre inúmeras questões. Isso não deve ser esquecido.
É impressionante como um vírus surgido lá no México (primeiro a sofrer o impacto da epidemia da gripe), viajou uma distância significante, em uma rapidez tão surpreendente e conseguiu chegar ao RS, quase a mesma celeridade de Usain Bolt – o africano mais rápido do mundo, aquele dos nove segundos e cinquenta e oito milésimos. Impressionante.
Há quem diga que essa “gripe suína” é igual tosa de porco: muito grito e para pouco pelo. Para que iriam tosar um porco eu não sei, mas o alarde ao menos nos leva a refletir sobre questões a respeito de saúde e educação. Alguma coisa tinha que servir.
Pois que vá embora o pânico, o horror recém está passando, o exagero também. A população um exemplo de capricho movido a álcool gel, que agora está bem caro.
Que se vá pra bem longe esse vírus, tão veloz quanto Bolt, leve com ele o medo e pavor, deixe conosco as reflexões e cuidados. Se conseguiu ler até aqui, muito obrigada.
Por: Daíse Carvalho

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