quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Literariedade Twiteira


O escritor e cronista do jornal Correio do Povo Juremir Machado escreveu em um de seus recentes textos no citado periódico uma frase que deixou-me fascinado: "O que salva a literatura brasileira hoje é o Twitter."
Consolidada mundialmente como uma das redes sociais mais utilizadas na atualidade, este microblog impõe a seus usuário um limite de 140 caracteres para a expressão de ideias, opiniões ou até mesmo para comentários desnecessários. É uma expressão rápida, direta, concisa, assim como o século das informações em que vivemos onde notícias tornam-se antigas em poucas horas devido à velocidade com que são veiculadas massivamente pela internet - principalmente - e pelos outros meios de comunicação tradicionais.
José Saramago, o revolucionário último cânone da literatura em língua portuguesa morreu este ano. Quem é o cânone da literatura mundial atual? Fenômenos teens como Crepúsculo ou a saga Harry Potter faturam milhões de dólares, mas não há qualidade que se espera de uma devida obra literária. Os cânones estão todos mortos e enterrados. Na pós-modernidade nada é novo, nenhum autor está representando esta época. E isto porque a época que vivemos é rápida, não há tempo para detalhes. O twitter é uma fábrica virtual de possíveis haicais. Não que os clássicos da literatura sejam ruins, pelo contrário, são clássicos. Entretanto já não nos representam.
O twitter representa o mundo urgente e emergente, pois, infelizmente, vivemos presos em uma vida de 140 caracteres.

Por: Mário Brandes
Siga-me no twitter: @mariobrandes

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