terça-feira, 13 de julho de 2010

I wanna rock'n'roll all night and party every day!


O antes indecente e hoje quase inocente rockabilly, o furioso e politizado punk rock HC, o alternativo indie rock, o filho das trevas heavy metal, o musicalmente intelectual rock progressivo, o tão rejeitado quanto aceito emocore, etc. São inúmeras as vertentes oriundas de uma única entidade: o rock'n'roll.
Hoje, 13 de julho, dia mundial do rock, não poderia deixar de escrever algumas linhas sobre o maior movimento estético, cultural e juvenil do século XX e que, embora muitos datem sua morte, se perpetua até hoje.
Talvez por não ter mais 14 anos idade, eu hoje já tenha a mentalidade um pouco mais flexível para aceitar pessoas que não gostam deste estilo musical. Tudo bem, são direitos. Entretanto é absolutamente inegável a importância do gênero para o século XX e para a própria história da humanidade. Exagero? Insisto em dizer que não, pois o rock sempre foi muito mais do que música, foi e é ideologia, expressão.
As conservadoras instituições hipócritas dos Estados Unidos foram abaladas nos 50, garotos brancos ouviam música negra, a repressão sexual era combatida de frente ao som do Rei Elvis Presley e da guitarra e do piano negro de Chuck Berry e Little Richard, respectivamente. A América armada e racista, viu jovens hippies protestarem contra a guerra do Vietnã ao som de Beatles e a eleição de um negro como o deus da guitarra elétrica, símbolo do gênero: Jimi Hendrix. A intelectualidade acadêmica da década de 70 presenciou jovens unirem a música rock, com novos efeitos tecnológicos e resgatarem elementos da música clássica e barroca, entre eles estavam Yes, Pink Floyd, Emerson, Lake & Palmer, Genesis e tantos outros. Em paralelo nessa década, bandas com um conhecimento musical extremamente limitado, mas com vigor jovem e força o bastante para cuspir na hipócrita sociedade como Sex Pistols, Dead Kennedys, Ramones representaram o chamado punk rock. Os até hoje tidos como "filhos do demônio" metaleiros como Iron Maiden e cia, representaram o "lado negro da força". No Brasil, a inocente Jovem Guarda fez a cabeça dos hoje senhores da década de 60 (minha mãe fez parte dessa juventude ensandecida), a bandas hippies e psicodélicas brasileiras pouco conhecidas do grande público, mas ilustres em inventidade tem seu nome na história da cultura rock do Brasil, O Terço, Casa das Máquinas, Som Imaginário, Os Mutantes. Nos anos 80, a trilha politizada fez parte da redemocratização do país com Legião Urbana, Cazuza, entre outros.
É impossível seguir citando nomes representativos pois o são aos montes, mas o que vale é homenagear e reconhecer que o rock, sendo consciência política, protesto, passadista, tecnológico ou apenas a simples e pura diversão, nada mais é do que a imortal juventude do mundo.

Por: Mário Brandes
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