Garotada passeando no fim da tarde, namorados curtindo o pôr-do-sol, mamães e filhinhos na pracinha, e o começo de uma noite leve chegando. A praça ficava tão bonita ao entardecer, parece que o sol beijava a copa das árvores e dava sua última espiadela no dia.
Presenciar tanta beleza e depois olhar para mim, só fazia sentir por fora de tudo aquilo. Achava tudo muito bonito, mas faltava algo para que ficasse a vontade. Depois descobri que o problema era comigo mesmo. Anti-social, incomunicável e chateada por ver tantas meninas exibindo seus shorts, suas pernas, seus óculos escuros. As minhas lentes cheias de círculos concêntricos faziam ver claramente a minha diferença. Para disfarçar meu peso (na época), usava roupas números maiores, por isso em meus shorts cabiam mais um par de pernas, em minha camiseta mais uma de mim.
Presenciar tanta beleza e depois olhar para mim, só fazia sentir por fora de tudo aquilo. Achava tudo muito bonito, mas faltava algo para que ficasse a vontade. Depois descobri que o problema era comigo mesmo. Anti-social, incomunicável e chateada por ver tantas meninas exibindo seus shorts, suas pernas, seus óculos escuros. As minhas lentes cheias de círculos concêntricos faziam ver claramente a minha diferença. Para disfarçar meu peso (na época), usava roupas números maiores, por isso em meus shorts cabiam mais um par de pernas, em minha camiseta mais uma de mim.
E hoje o que temos? Elas. As novas garotas são ousadas e cheias de opiniões próprias, as iniciantes adolescentes saíram por aí desbravando tudo que viam pela frente, obtendo sucesso. O mundo é o limite para elas, quanto mais pessoas se conhecer virtual ou pessoalmente, melhor. Os interesses mudaram como tudo que a gente vê.
Dúvida não é uma palavra que as adolescentes de hoje conheçam, elas entendem é de certezas. É o diferencial das gerações. As jovens de agora andam em bandos, para auto-afirmação talvez. E suas certezas acabam em um momento em especial, quando são questionadas sobre si mesmas.
Uma prima veio visitar a gente no verão uma vez, aquele verão mudou tudo. Mudou o estilo de roupas, melhorou o comportamento, surgiram as lentes de contato. A segurança em si mesma é a única coisa que não se pode ensinar. É preciso se encontar, primeiramente, antes de querer compreender os desiguais.Dúvida não é uma palavra que as adolescentes de hoje conheçam, elas entendem é de certezas. É o diferencial das gerações. As jovens de agora andam em bandos, para auto-afirmação talvez. E suas certezas acabam em um momento em especial, quando são questionadas sobre si mesmas.
Ser popular, reconhecida faz parte do estilo convencional. A popularidade foi o desejo da universitária Geisy Arruda, que está fazendo render os quinze minutos de fama em um mês com participações na TV. Ela é uma dessas atrevidas e ousadas, como eu nunca fui. Embora a certeza sobre sua personalidade e sobre seu futuro seja tão intensa quanto o tamanho de seu vestido. Da mesma forma com que a coragem para a exposição de sua figura, seja tão acentuada quanto a falta de democracia em conjunto, dos colegas dela de faculdade. Vejo nela a segurança que não encontrava em mim, admiro por isso. Nessa tarde as minhas lentes quebraram e os círculos concêntricos voltaram a me fazer enxergar melhor.
Por: Daíse Carvalho
um tanto quanto ironico talvez nao....beijos querida teu texto sao lindos
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