quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A mesma moeda tem o mesmo valor?

O desespero em relação à violência que cada vez mais toma conta do país faz com que, a cada instante, surjam "super-heróis" que usam o discurso da violência contra a violência.
É muito comum que a população se impressione com discursos mamãe-quero-ser-fascista de Datenas, Ratinhos e demais wannabe's da vida que prometem "acabar com a violência na porrada" ou "matar todos os assassinos". É de se concordar que muitas vezes a situação é revoltante, entretanto, pagar na mesma moeda - embora às vezes pareça - quase nunca é a alternativa correta.
Na medida em que se promete "matar todos os assassinos", os conceitos se dispersam e já não se torna claro quem é o verdadeiro criminoso e a quem se deve temer.
Os direitos humanos existem para serem respeitados e todo mundo é inocente até que se prove o contrário, infelizmente muitas vezes a justiça acaba beneficiando o criminoso, mas essa é uma questão delicada. Como julgar alguém? É uma vida humana que está em jogo.
Estas "soluções" desesperadamente práticas e assassinas não resolvem nada, se há uma solução efetiva, esta tem de ser coerente com o discurso. Ou vocês imaginam um padre dizendo: "Olha irmãos, ou vocês se amam como Cristo os amou ou quebro a fuça de vocês!"?
Tudo resume-se na frase de Gandhi: "Olho por olho e o mundo acabará cego".


Por: Mário Brandes

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